Prestes a ir a júri popular pela morte do policial militar José
Henrique Serra Azul Júnior, em novembro de 2014, Robson Rodrigues
Pereira, de 21 anos, foi morto com seis tiros, em uma esquina na
travessa Santa Rita, no bairro Quintino Cunha, na tarde de ontem. Ele
foi condenado por homicídio qualificado, mas recorreu da decisão na
Justiça.
Além dele, Israel de Sousa Lima, de 18 anos,
morreu no local com um tiro no tórax. Ana Maria Pereira dos Santos, de
50 anos, moradora que atravessava a rua no momento da ação, foi
baleada. Ela foi encaminhada ao Frotinha do Antônio Bezerra.
De
acordo com o tenente do 5º Batalhão da Polícia Militar que se
identificou apenas como Nery, as informações colhidas no local apontaram
que quatro homens encapuzados entraram na travessa e realizaram vários
disparos. Robson foi atingido com seis tiros e Israel com um. Ana Maria
foi atingida no tórax. Na noite de ontem, ela estava no centro
cirúrgico.
Conforme o tenente, Israel não possuía
antecedentes criminais. Familiares dele relataram aos policiais que o
jovem estava em Fortaleza há uma semana. Ele morava em Apuiarés, a 128
quilômetros da Capital, e estava vivendo nas proximidades do local do
crime. Israel tinha saído de casa avisando que ia comprar cigarro, mas
se reuniu com um grupo de jovens que estava na esquina e foi
surpreendido com os tiros.
De acordo com o delegado Fábio
Torres, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o alvo do
crime seria Robson. “Ele foi preso em flagrante pelo homicídio (do PM) e
estava solto. Os moradores diziam que ele não participou do crime
contra o policial, apenas passava por perto. Ele também responde aos
roubos e é apontado pelos moradores como um traficante da área”, disse o
delegado.
Morte do PM
O crime
contra o policial militar José Henrique Serra Azul Júnior aconteceu no
dia 15 de novembro de 2014, também no bairro Quintino Cunha. O PM teria
se envolvido em uma discussão em um bar localizado na Comunidade do
Sossego. Na ocasião houve um tiroteio e José Henrique feriu dois
suspeitos, sendo que um deles morreu. O PM foi espancado e também acabou
morto a tiros. De acordo com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), em
outubro deste ano, o juiz Fernando Antônio Pacheco Carvalho Filho, da 2ª
Vara do Júri de Fortaleza, decidiu que os quatro acusados de espancar e
matar o PM iriam a júri popular. Entre eles estava Robson.
Conforme
o TJCE, Robson já havia sido condenado e recorreu da decisão que o
pronunciou pelo homicídio qualificado, por motivo torpe, em concurso de
pessoas e por associação criminosa.
Em novembro de 2014, o soldado era o quarto policial militar morto do ano. No mesmo período neste ano, o número chega a 24.
INFORMAÇÕES COLHIDAS NO LOCAL APONTARAM QUE QUATRO HOMENS ENCAPUZADOS REALIZARAM VÁRIOS DISPAROS
Fonte: O POVO
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